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CLASSIFICAÇÃO DAS FISSURAS

As fissuras labiopalatinas são os defeitos congênitos mais comuns entre as malformações que afetam a face do ser humano, atingindo uma criança a cada 650 nascidas, de acordo com a literatura especializada. Todos os contúdos desta página tem como fonte o site www.hrac.usp.br " Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais Universidade de São Paulo"

De acordo com as estruturas do rosto afetadas, as fissuras recebem uma classificação. A figura abaixo ajuda a entender onde se localiza o forame incisivo, ponto anatômico de referência no diagnóstico da fissura.

 No HRAC, adota-se a Classificação de Spina et al1 modificada por Silva Filho et al2 :

Fissuras que se restringem ao palato primário, ou seja, envolvem o lábio e/ou o rebordo alveolar sem ultrapassar o limite do forame incisivo.

Varia desde um pequeno corte no vermelhão do lábio (incompleta) até toda a extensão do palato primário (completa).

Podem ser classificadas em unilateral (só de um lado), bilateral (nos dois lados) ou mediana (no meio).

São fissuras totais, ou seja, que envolvem total e simultaneamente o palato primário e o palato secundário.

Estende-se desde o lábio até a úvula (“campainha”), atravessando o rebordo alveolar.

Podem ser também classificadas em unilateral (só de um lado), bilateral (nos dois lados) ou mediana (no meio).

Envolvem apenas o palato (“céu da boca”), mantendo o lábio intacto assim como os dentes. Ocorrem quando as as estruturas do palato secundário não fazem a fusão. 

As consequências são essencialmente funcionais, no mecanismo velofaríngeo e na trompa auditiva. 

São consideradas completas quando atingem tanto palato mole como palato duro, morrendo no forame incisivo.

Malformação que ocorre no palato secundário considerada forma anatômica subclínica.

O defeito é na musculatura do palato mole e/ou no tecido ósseo do palato duro, sendo que a camada da mucosa permanece íntegra.

Pode ocorrer de forma isolada, associada à fissura de palato primário ou a síndromes. 

1. Spina V, Psillakis JM, Lapa FS. Classificação das fissuras lábio-palatinas: sugestão de modificação. Rev Hosp Clin Fac Med São  Paulo 1972; 27:5-6.

2. Silva Filho OG, Ferrari Júnior FM, Rocha DL, Souza Freitas JA. Classificação das fissuras labiopalatinas: breve histórico, considerações clínicas e sugestão de modificação. Rev Bras Cir  1992; 82:59-65

Consulte também: Trindade IEK, Silva Filho OG, editors. Fissuras labiopalatinas: uma abordagem interdisciplinar. São Paulo: Editora Santos, 2007.

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